Olá e como vão ?! Alguns acham que flechas não são lá grande coisa quando se enfrenta um golem de pedra. Posso dizer que depende e muito e depende de onde você atira.
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Era uma manhã qualquer, era para ser. Eu havia acordado um tanto quanto animado. Eu sou muito animado, adoro o dia. Eu naquela amanhã havia passado o dia todo no anfiteatro conversando com o meu pai, pelo menos eu achava que estava mesmo não o vendo. É, os nossos pais e mães aqui são bastante ocupados, não como os comuns de vocês que trabalham em escritórios e tal, que fica o dia todo fora trabalhando em lojas ou em hospitais.
No final das contas vocês os veem a noite ou depois de alguns dias, tipo dois dias depois, um dia depois, uma semana um mês mas nós aqui só vemos... "de vez em quase nunca". É, nossos pais cuidam do mundo e por outro lado, acostumamos com isso.
Eu havia acabado de sair do anfiteatro quando eu tive uma ideia de ir a arena depois de falar sobre bravura e coragem em meio aos meus versos de hai kai. Corri para meu chalé e peguei meu arco e minhas flechas de bronze celestial. Bronze celestial é o básico que usamos para matar monstros. Esqueça a ideia de usar metais comuns pois quase nunca resolve .-.
A medida que eu caminha em direção a arena, eu formulava ideias de como eu poderia me comportar dentro da arena. Era bobagem. Quando você entra nela, qualquer criatura pode aparecer, mesmo escolhendo um nível de desafio, qualquer um pode aparecer então eu pensava no básico mesmo. Correr, pular, afastar, atacar, recuar.
Eu estava tão concentrado que eu deva ter deixado de dar um bom dia pra um monte de gente rsrs Eu sou meio popular e sou muito distraído quando foco em algo rsrs.
Quando me aproximava da arena, reparei que uma das minhas irmãs, Isabell Evans. Linda com seus olhos azuis e cabelos longos e loiros, um sorriso que deixava qualquer um bobo. Eu tinha orgulho dela ^^. Gente muito boa apesar que nunca eu tinha a visto falar sobre poemas, versos e coisa e tal. Reparei e um outro com ela. Pablo Von Hazel. Nome estranho. Ele era um novato e parecia ser gente boa.
_Olha só o que vemos aqui saindo da arena gente. Estão falando sobre o que ?!
Eles haviam acabado de sair da arena. Minha irmã toda descabelada e Pablo todo escoriado. Antes mesmo que responderem, eu já convidava os dois para entrar. Passei sem olhar a reação deles pois eu estava muito animado. Estava decidido a entrar com ou sem eles. E acho que devem ter percebido isso.
Ao entrar na arena reparei que ela estava diferente, muito diferente. Eu sabia que Isabell e Pablo tinha acabado de sair de lá e quando entramos lá meio que, quase em seguida, ela estava limpa, limpa MESMO só que com uma peculiaridade no seu centro.
Essa arena aqui do acampamento é muito estranha. Portas se fecham sozinhas quando entramos, ninguém toma conta dela visivelmente e ela é tão compacta. Me pergunto que tipo de deus ou algo do gênero toma conta disso tudo. Voltando... no seu centro tinha algo estranho comparado a limpeza completa que estava no seu restante, no resto do terreno. No centro, havia umas ruínas de alguma construção circular ao centro da arena com 5 metros de raio, e 1 metro e meio de altura, cercada por pilares de 1 metro de largura por 2 metros de altura e ainda não conseguimos ver nossos inimigos.
Aparentemente era o que eu tinha percebido. Se eu estiver errado ou não, isso não seria nada preocupante comparado ao um golem de pedra surgindo entre os destroços. Foi isso que vi quando cheguei perto de uma pilastra para ver mais a frente. Ela era imenso. Rochas grandes e pequenas compunham seu corpo, ele parecia muito forte. Urrava enquanto brotava da terra. Seu urro vinha das cavidades de sua cabeça e era assustador de ver e de ouvir. Em uns orifícios de seu rosto,haviam uns brilhos intensos e se eu permanecesse por mais tempo olhando, nem notaria um ataque do mesmo e foi nesse momento que resolvi agir. Reparei que estávamos juntos e que se o golem agisse primeiro, ele nos acertaria com um único ataque. Corri para o seu flanco esquerdo.
_Ei coisa barrenta, acordou agora neném !?
Achei que se eu chamasse sua atenção e provocasse ele, ele viria ao meu encalço. Já em uma certa distância, peguei uma flecha de bronze celestial e canalizei um calor solar nela, deixando ela mais brilhante. Bem, geralmente quando se faz isso, é só para ter algo mais brilhante na escuridão sabe, não se usa para atacar mas eu tinha um plano. Canalizei o calor solar na minha flecha, mirei em seu rosto e atirei no meio dele.
Eu queria que além de ferir ele, segasse ele também. A flecha foi certeira na sua cara. O bicho ficou puto. Ao ver a criatura nervosa, percebi que Isabell não havia siado de lá onde estava e Pablo estava próximo também. Enquanto eu me movia, tentando afastar o golem deles Isabell e Pablo conversavam algo. Puts. Aquilo me deixou um pouco frustrado. Eu aqui e eles ali no bem e bom !? Logo pensei e Pablo ainda mantinha sua cara calma e serena.
Ele devia ser doido mas quando reparei as ações deles, vi que dali se formava um plano.
_Hey Grandão que tal voltar pro rochedo de onde viestes? Ela disse.
Quando a criatura ouviu isso, ele imediatamente ele começou a se virar. Pablo como filho de Deméter, tinha domínio sobre as plantas e as plantas que estavam em cima do golem não estavam salvas de seu poder. Pablo se levantou, apontou os braços para o gole e se concentrou. As plantas no corpo do golem começavam a crescer e suas raízes, começavam a aprofundar mais para dentro do seu corpo rochoso. Imediatamente Isabell atira uma flecha que com o meus espanto não fez nenhum arranhão. Flechas normais não fazem efeito e isso quase custou caro.
O poder de Pablo ia surtindo efeito mas era muito lento. O que quer que eles estivessem planejado, não estava dando muito efeito. Pablo parecia muito mais pensativo naquele momento.
_ Hey, será que vocês não teriam alguma habilidade que revigore? Se é que isso tem relação com... sei lá... energia que usamos para ativarmos algumas habilidades? Digamos que... eu acho que não vou poder segurar isso tudo por muito tempo! Alguma ideia? O pai de vocês é o deus da musica e da cura? Será que ele não tem algo que envolva uma musica relaxante? Revigorante? Hein?
Só se eu tocar guitarra com uma corda só no meu arco. ¬¬* Ele estava certo mas eu não tinha nenhum instrumento de música e não tinha visto algo do gênero com minha irmã. Eu não tinha treinado isso ainda e de fato nossa música relaxa e revigora recuperando nossos amigos e mesmo se fosse treinado e tivesse um instrumento, como eu poderia fazer isso se nem estou participando de seus planos !? Eu tentava agir em conjunto mas eles em dupla. Isso me deixou com raiva. Lutar em uma arena era perigoso.
Isabell volta correndo para Pablo e eu ainda tentava manter o golem se movimentando para o meu lado. De onde eu estava não dava para ouvir o que eles falavam. Ahaa como isso me deixava com raiva.
Depois que Isabell ajudou Pablo a sentar ela pegou uma flecha de bronze celestial e mirou na perna da criatura para tentar derruba-la. A criatura ainda estava perto deles e eu não estava conseguindo fazer muita coisa do outro lado da arena.
_O que pensa que está fazendo Isabell !? Somos três aqui. Não chame a atenção dele assim. Ele pode pegar você e o Pablo ao mesmo tempo.
Gritei e rapidamente bolei um plano. Pedi para o Pablo expandir as plantas no peito do monstro para que no fim das contas eu e Isabell pudéssemos acertar seu ponto vital. Como Gaia também possui um coração, acreditei que aquela criatura tivesse um do gênero mas isso deixou a criatura furiosa.
Quando terminei de falar, o golem começou a reunir mais rochas, pedras em seu corpo. Caímos no chão. Nossas flechas passaram de raspão mas Pablo ainda mantinha seu foco. Quando a poeira abaixou, a criatura estava muito grande, muito maior que antes. Eu engoli seco, eu quase deixei meu arco cair no chão mas o sangue que escorria em meu rosto me acordou. Ele ainda estava quente.
Pablo em poucos momentos se levanta. Seu olhar estava mais diferente, estava mais decidido. Plantas que estavam no golem tomavam vida própria. O golem não sabia o que fazer, ele balançava seus braços com suas mãos que se tornaram marretas maciças de pura roça. Plantas invadiam as fendas de seu peito expandido todas elas. O golem gritava e urrava. Eu e minha irmã estamos cansados.
_Vamos fazer o seu plano, mas tenho a leve impressão de que o que encontraremos ali... Ela olha para o golem. ... não será um coração.
_Fica esperto.
Ela olhava para o golem com o mesmo olhar decidido de Pablo. Ahaa que inspiração. Jurei que depois daqui eu ia bolar um poema. rsrs Me colei meio de joelhos e mirei junto com ela. Por uma fração de segundos, avistamos uma gema do tamanho de um palmo, de uma cor azul marinho quase negra, emitindo um brilho obscuro e logo dois disparos ocorreu.
Assim que a criatura percebeu que sua vida corria muito mais perigo do nosso lado já era muito tarde. Disparamos juntos. As nossas flechas foram certeiras no meio do seu peito. Graças a Pablo, nossas flechas acertaram a gema que continha toda a vida da criatura. Logo uma explosão, entulhos, poeira dourada e campistas com um sorriso de vitória.
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É gente. Aquele dia foi incrível. Fiquei mais forte, trenei meu canto curativo e descobri uma coisa maneira. Que sorrir na cara dos meus inimigos quanto estivessem prestes a morrer era muito bom.